
Anarco Fake
Anti-Projeto

O PRIMEIRO EP DE ANA MOGLI, intitulado Anti-Projeto Anarco Fake nasce a partir do encontro entre a artista e o produtor musical Francis Etto.
Descolonização, contracultura anarquista e kuir, experimentações poéticas e
performáticas se conjugam a imersões eletrônicas experimentais e ritmos afro-
brasileiros, para abordar criticamente as violências sistêmicas produzidas pelo
mundo moderno.
Trata de crises, assertividades, fracassos e glórias, diante de um mar de
afirmações positivas e esperançosas sobre sucesso e “inclusão”.
É sobre surfar na crista da onda do colapso, e jogar baixo com a assimilação!
As letras rimam críticas radicais a modos idealistas de desejar, apontam os limites não superados da normatividade atuando em movimentos ditos alternativos, tal como, abordam a captura, o uso, e a produção de sentidos, discursos e posicionamentos ditos decoloniais que permeiam os sistemas de arte no Brasil.
Entusiasta do desejo auto analítico, a alma do Anti-Projeto contribui com a polifonia de nossos tempos, co-incidindo intensidade, localização, subjetivação,
e narrativa disruptiva, de modo singular, em prol da biodiversidade cultural.
As apresentações do projeto musical incluem elementos visuais que
potencializam as performances e sonoridades, e contam frequentemente com a
participação de outres performers e musicistas.
Referências da Body Art, do Pós Pornô, do Clown, do Voguing, da Performance
Ritual e do Butoh também dão sustento ao corpo da proposta, trazendo outros sentidos ao experimento

(anti-clipe) Ménage a Coiote (versão só para baixinhos). Imagens do acervo Coletivo Coiote, edição Tais Lobo. 2020.
Capa do EP "Anti-Projeto Anarco Fake". Desenho Kika Capucha. 2020.

FESTIVAIS, EXPOSIÇÕES, SHOWS E PERFORMANCES.
2022
- Apresenta-se em performance-ritual na ativação da instalação musical “Encruzilhada das Realizações”, de sua autoria, na exposição coletiva “Os quatro pontos cardeais são três, norte e sul”, CRAC Alsace, Altkirsh, França.
- Apresenta uma cartografia/performance-ritual/anti-show na sala Adoniran Barbosa, como parte da exposição “Rastros Cartográficos de um Nomadismo Existencial”, selecionado para a trigésima segunda mostra de artes visuais do Centro Cultural São Paulo.
- Apresenta-se na abertura da exposição coletiva “Trans___Borda/O olhar opositivo na arte trans”, Instituto de Arquitetos do Brasil.
- Apresenta-se na exposição coletiva “Mãe”, na galeria 55-SP.
- Apresenta-se no desfile “Ruído”, na residência artística Casa Elke.
- Apresenta um pocket show no aniversário de dez anos do Pimp My Carroça, Largo da Batata, São Paulo.
2021
- Participa do festival de música experimental “MaerzMuzik”, Berlim, Alemanha.
- Apresenta-se no festival “Mulheridades” - em homenagem ao dia da mulher negra, caribenha e latino americana -, Tendal da Lapa, São Paulo.
- Integra o terceiro festival da Casa Chama TRANSversalidades, Teatro Oficina, São Paulo.
- Apresenta-se na exposição da Apexart “O dia Antes da Queda”, São Paulo.
2020
- Lança o primeiro EP do Anti-Projeto Anarco Fake com quatro faixas e
duas versões do clipe Ménage a Coiote. O lançamento contou também com
o Zine “do Punk pro Funk, do Funk pro Fake: Uma História de Dissidências e
Atualizações na Cena Contra Cultural e Libertária Brasileira”, além de uma entrevista
de Ana Mogli para o selo Monstruosas. O lançamento foi hospedado e divulgado pelas
plataformas EHCHO, Monstruosas e pela “Rádio Ânsia” na Casa do Povo.
- A versão orginal do clipe Ménage a Coiote foi selecionada para a exposição “Carne
Viirtual: Territorio y Libertad”, do grupo Cuir Poétikas, na Guatemala.
- Ménage a Coiote é citado como referência no texto “Àtúnbí, deseo que sobrevivamos porque ya sobrevivimos”, de Bruna Kury e Walla Capelobo, na revista Terremoto, México.
2019
- Performa em parceria com Bruna Kury na Tenda MasturBar, Virada Cultural de São Paulo.
2018
- Faz a primeira performance do Anti-Projeto Anarco Fake, em uma apresentação acústica no evento “KUCETA póspornografias”.
Anti-Projeto Anarco Fake, EP, 2020.
Composições e voz: Ana Mogli.
Produção musical, mixagem e masterização: Francis Etto.
Mais do que um EP e um show, Anarco Fake possibilitou a experimentação cartográfica da trajetória performática e política de Ana Mogli, tal como a trajetória de conceitos, linguagens e lutas que deram base e foram fortemente mobilizados nos processos formativos, críticos e criativos da artista, que hoje estão altamente em voga. O zine de lançamento do Anti-Projeto integra o primeiro EP, com dois textos que abordam os contextos políticos e contraculturais dos quais Anarco Fake nasce. Os textos são uma entrevista de Ana Mogli para o Selo Monstruosas, e “Do Punk pro Funk, do Funk pro Fake: Uma História de Dissidências e Atualizações na Cena Contra Cultural eLibertária Brasileira”. Ambos abordam questões relativas aos meios contraculturais de ativismo radical, que em grande medida formaram e até hoje atravessam o trabalho de Mogli.
Essa cartografia se dá nos textos do zine, se dá no anti-clipe “Ménage a Coiote” - que homenageia o legado anti arte do Coletivo Coiote -, se dá na insistência em gravar composições de mais de dez anos, e que foram feitas sendo pensadas como questões internas dos movimentos políticos que a artista vivenciou. Essa cartografia se dá na performance, que impregna o corpo de Ana Mogli, quando no palco, as principais referências do trabalho apontam para elementos da apresentação que foram desenvolvidos nas ações do Anarcofunk: como a (eco)estética do (Loock de) Recicle ou Morra, o (desdobramento do) funk carioca, que embora não esteja explicitamente presente nas bases serviu de ritmo para todas as composições, a crítica radical e a atitude de confronto, própria ao kuir punk

Show no evento “Mulheridades”,celebração do dia da mulher negra latino americana e caribenha, Centro Cultural Tendal da Lapa, São Paulo, 2021.
Imagens: Casa Chama.
Anti-show na exposição “Rastros Cartográficos de um Nomadismo Existencial”, selecionada para a 32° mostra de artes visuais do Centro Cultural São Paulo, 2022.
Foto: Chris.
Apresentação no 3° Festival Transversalidades da Casa Chama, Teatro Oficina, São Paulo, 2021.
Foto: Rafaela Kenedy.













Performance na exposição ‘Os quatro pontos cardeais são três, norte e sul”, CRAC Alsace, Altkirsh, França, 2022.
Foto: Amilcar Packer.
Performance na exposição “O dia antes da queda”, Apexart, São Paulo, 2021.
Imagens: Xis Gênera.

Zine de lançamento do Anti-Projeto Anarco Fake, com os
textos "Do Punk pro Funk, do Funk pro Fake: Uma História
de Dissidências e Atualizações na Cena Contra Cultural e
Libertária Brasileira”, e uma entrevista da artista para o selo
Monstruosas. Selo Monstruosas. 2020. São Paulo/Recife.